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CPI do MST visita depoente que acusou movimento de expulsá-la de casa em assentamento no município de Prado

Por PRADO AGORA em 26/08/2023 às 10:22:35
Durante uma diligência na cidade de Prado, na Bahia, nesta sexta-feira, 25, membros da CPI do MST visitaram Vanusa dos Santos de Souza, ex-assentada do movimento.
A mulher prestou depoimento à comissão em 8 de agosto deste ano. Na ocasião, ela acusou o MST de destruir e expulsá-la de sua própria casa. Horas depois, o militante do movimento Cássio Souza Santa, filho de Vanusa, gravou um vídeo acusando a mãe de mentir.
Ao lado dos deputados federais Tenente-coronel Zucco (Republicanos-RS) e Ricardo Salles (PL-SP), presidente e relator do colegiado, respectivamente, Vanusa visitou a invasão onde morou com sua família e que, atualmente, seu filho reside.

Outros membros do colegiado, como os petistas João Daniel (SE) e Jilmar Tatto (SP), também compareceram à diligência. Segundo Vanusa, a terra foi entregue a ela em 2016 pelo petista Valmir Assunção (BA).

"Coloquei água, construí a casa e vivi com meus filhos por cinco anos", explicou a mulher. "Em 26 abril de 2021,toda a liderança do MST quebrou meus telhados, minhas portas, me sequestrou, me espancou e me tirou de dentro de casa. Essas frutas que estão aqui, eu plantei todas com meus filhos. Aquele filho [Cássio] é meu. Eles roubaram o meu filho. Fala para mim, filho, que eu falei fake news!? Fala que eu não ajudei esse movimento e que, na hora que eu quis ser livre, eles me jogaram fora."
Filho de Vanusa, o militante confirmou que a residência pertencia a própria mãe. Inicialmente, ele disse não saber o motivo das lideranças terem expulsado ela do local. Contudo, depois, recuou e explicou que a mãe teria fraudado documentos para tomar conta da invasão. O rapaz ainda atacou os membros do colegiado, os acusando de estarem se "aproveitando" de Vanusa.

"Tiraram ela daqui, pois ela começou a falsificar os documentos da associação para tentar tomar conta e criar tumulto", declarou Cássio aos parlamentares. "Isso está na Justiça. Vocês só estão aqui para fazer tumulto. Filmaram os ônibus que atearam fogo? Só estão usando minha mãe para atacar o movimento."
Depois de mãe e filho protagonizarem uma discussão, os parlamentares pediram que ambos acalmassem os ânimos e saíram do local. Ao final, os dois se abraçaram.
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