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Casos de covid-19 aumentam em estados do Nordeste

Por PRADO AGORA em 14/12/2023 às 20:30:44

Estados do Nordeste registraram aumento de casos de covid-19, entre os dias 3 e 9 deste mĂȘs, perĂ­odo referente à Semana Epidemiológica (SE) 49, conforme indicam dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 11 de dezembro. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (14), no Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

De acordo com o boletim, a Bahia, que foi o primeiro estado a anotar a elevação dos registros recentes na região, verifica um recuo nos casos, mas ainda mantém crescimento nas novas ocorrĂȘncias. Embora tenha registrado crescimento depois de outros estados da região, no CearĂĄ, os casos aumentam semana a semana. Os estados do Maranhão, da ParaĂ­ba e de Pernambuco estão com sinal inicial de aumento recente nos casos, principalmente em pessoas de idade avançada.

"HĂĄ sinal de aumento na Bahia, no CearĂĄ, no Maranhão, na ParaĂ­ba e em Pernambuco em relação à SRAG por covid-19. No Maranhão, na ParaĂ­ba e em Pernambuco, o volume ainda é relativamente baixo, e o ritmo de crescimento é leve, indicando possĂ­vel inĂ­cio de ciclo", informou a Fiocruz.

Conforme a atualização de hoje, Acre, Bahia, CearĂĄ, EspĂ­rito Santo, Maranhão, Mato Grosso, ParaĂ­ba, PiauĂ­ e Rondônia apresentaram sinal de crescimento das sĂ­ndromes respiratórias agudas graves por covid-19 na tendĂȘncia de longo prazo. JĂĄ em Minas Gerais, permaneceu o sinal de platô, mas ainda sem indĂ­cio claro de queda. "No Acre, no EspĂ­rito Santo, em Mato Grosso, no PiauĂ­ e em Rondônia, trata-se apenas de oscilação", completou a fundação.

Em escalada diferente, no centro-sul, não hĂĄ mudança no cenĂĄrio anterior e continua o sinal de queda em relação à covid-19. Em Minas Gerais, houve interrupção no crescimento e a fase de estabilidade no nĂșmero de casos continua. EspĂ­rito Santo e Mato Grosso do Sul, que recentemente tinham registrado leve aumento, agora estão classificados apenas como oscilação, disse o pesquisador do Programa de Computação CientĂ­fica (Procc/Fiocruz) e coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes.

Capitais

Dez capitais apresentaram sinal de aumento: Aracaju; Campo Grande; Florianópolis; Fortaleza; João Pessoa; Maceió; Rio de Janeiro; Salvador; Teresina e Vitória.

Segundo a Fiocruz, em Fortaleza, João Pessoa e Salvador, o cenĂĄrio é decorrente da covid-19, especialmente na população de idade avançada. Em Aracaju e Maceió, o sinal atual pode indicar possĂ­vel inĂ­cio de ciclo, embora o volume de casos ainda seja relativamente baixo e o crescimento seja apenas incipiente.

"No Rio de Janeiro, o crescimento recente se concentra em crianças entre 2 e 14 anos de idade, o que não sugere associação à covid-19. Situação similar se observa em Curitiba", informou a Fiocruz, acrescentando que em Campo Grande, Florianópolis, Teresina e Vitória, "a anĂĄlise por faixa etĂĄria sugere tratar-se apenas de oscilação".

Mortalidade

O boletim InfoGripe mostrou também que, nas Ășltimas oito semanas, a incidĂȘncia e mortalidade de SRAG manteve o padrão tĂ­pico de maior impacto entre crianças pequenas e pessoas idosas. "A incidĂȘncia de SRAG por covid-19 mantém o cenĂĄrio de maior impacto nas crianças de até 2 anos e na população a partir de 65 anos de idade. Outros vĂ­rus respiratórios com destaque para a incidĂȘncia de SRAG nas crianças pequenas são o VSR, rinovĂ­rus e adenovĂ­rus. JĂĄ a mortalidade da SRAG tem se mantido significativamente mais elevada nos idosos, com predomĂ­nio de covid-19", destacou.

Diante do cenĂĄrio atual, Marcelo Gomes reforçou a importância da vacinação, especialmente para esse grupo e com a orientação para tomar a segunda dose da bivalente. "Continuamos fazendo a convocação para se manterem vacinados. Estamos com a recomendação de uma nova dose para a população especialmente dos grupos de risco, ou seja, pessoas de idade avançada e imunocomprometidas. É fundamental estar em dia com a vacina para manter nossa proteção a mais elevada possĂ­vel por conta do cenĂĄrio atual", afirmou.

Resultados positivos e óbitos

O Sars-CoV-2/covid-19 (61,6%) teve a maior prevalĂȘncia entre os casos de resultado positivo para vĂ­rus respiratórios nas quatro Ășltimas semanas epidemiológicas, seguido do vĂ­rus sincicial respiratório (13,3%), do influenza A (1,3%) e do influenza B (0,3%).

Entre as mortes, a presença desses vĂ­rus entre os positivos foi de 95,5% no Sars-CoV-2/covid-19, de 0,6% na influenza B e de 0% no da influenza A e no vĂ­rus sincicial respiratório.

No ano epidemiológico de 2023, foram notificados 168.852 casos de SRAG. Entre eles, 66.692 (39,5%) com resultado laboratorial positivo para algum vĂ­rus respiratório, 85.973 (50,9%) negativos, e ao menos 7.571 (4,5%) aguardando resultado laboratorial.

"Dados de positividade para semanas recentes estão sujeitos a grandes alterações em atualizações seguintes por conta do fluxo de notificação de casos e inserção do resultado laboratorial associado. Dentre os casos positivos do ano corrente, 7,1% são influenza A; 3,7% influenza B; 33,1% vĂ­rus sincicial respiratório (VSR); e 34,6% Sars-CoV-2 (Covid-19)", relatou a Fiocruz.

Nos casos de SRAG registrados neste ano, independentemente da presença de febre, foram anotados 10.744 óbitos, dos quais a maioria, 5.540 (51,6%), com resultado laboratorial positivo para algum vĂ­rus respiratório, tendo na sequĂȘncia 4.465 (41,6%) negativos, e ao menos 196 (1,8%) aguardando resultado laboratorial.

"Dentre os positivos do ano corrente, 8,9% são influenza A; 4,5% influenza B; 6,8% vĂ­rus sincicial respiratório (VSR); e 73,0% Sars-CoV-2 (covid-19). Nas quatro Ășltimas semanas epidemiológicas, a prevalĂȘncia entre os casos positivos foi de 0% influenza A; 0,6% influenza B; 0% vĂ­rus sincicial respiratório; e 95,5% Sars-CoV-2 (covid-19)", concluiu a Fiocruz.

Fonte: AgĂȘncia Brasil

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