A Polícia Federal instaurou um inquérito para investigar se o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) cometeu o crime de prevaricação durante as negociações do governo para comprar a vacina Covaxin, que foram denunciadas por possíveis irregularidades.
Prevaricação é quando um agente público retarda ou deixa de agir contra alguma irregularidade na intenção de satisfazer interesses pessoais.
A investigação acontece depois que o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) afirmou, em plena CPI da Covid, ter alertado ao presidente de que haviam irregularidades e pressões anormais na negociação, mas nada foi feito.
Agora, a PF investigará se Bolsonaro realmente foi informado sobre o caso e se tomou as medidas necessárias sobre o assunto. A investigação foi ordenada pela Procuradoria Geral da República (PGR) depois que a ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), cobrou uma manifestação sobre a notícia-crime que três senadores apresentaram à Corte.
O caso será conduzido dentro da PF pela Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado, setor que cuida de inquéritos que envolvem pessoas com foro, caso do presidente.