Ricardo Maracajá presta apoio a Ferretti e destaca importância da Associação: "A gente já viveu problema com o Opportunity"

Durante o evento de lançamento da chapa União Tricolor, formada pelo candidato à presidência do Bahia, Emerson Ferretti, e o vice, Paulo Tavares, o advogado Ricardo Maracajá, candidato ao Conselho do clube, prestou apoio ao ex-goleiro do Esquadrão na eleição que acontece no próximo dia 2 de dezembro e será válida pelo triênio 2024-2026.

Segundo Ricardo, Emerson "tem total capacidade e a experiência de dentro e fora do campo". Maracajá lembrou dos tempos em que ambos trabalharam à frente da gestão do Ypiranga, clube presidido por Ferretti entre 2012 e 2017.

"Eu tenho um carinho pessoal por Emerson. Trabalhei com ele no Ypiranga. Ajudei naquela batalha que foi tirar o Ypiranga do abismo. O clube praticamente não existia e a gente fez o Ypiranga ressurgir, com um trabalho muito árduo, sem dinheiro, com Emerson fazendo tudo do próprio bolso. Conheço a capacidade dele, o quanto ele se especializou. A gente fez curso de pós-graduação e gestão esportiva juntos. Então, ele é um cara que conhece a parte de dentro e a parte fora do campo. Emerson viveu o campo como poucos e conhece o lado de fora por ter vivenciado experiências como dirigente, na imprensa, e por ter estudado para estar lá. Eu confio plenamente na capacidade dele", disse o candidato ao Conselho.

Uma Associação fortalecida e fiscalizadora do contrato com o Grupo City também foi assunto da conversa de Ricardo Maracajá com o Bahia Notícias. Conforme o advogado, "uma Associação fortalecida contribui para o cumprimento correto do contrato e necessariamente para o bom resultado em campo".

"A gente é sócio do City. É um sócio minoritário, mas a gente tem que estar lá cobrando. A gente tem um contrato que tem metas. Tem as cláusulas do contrato, que a gente tem que dar comprimento a elas. Então, uma Associação fortalecida contribui para o cumprimento correto do contrato e necessariamente para o resultado em campo, porque se a gente ficar lá 'em cima' do contrato, ele vai ser cumprido. Ele sendo cumprido, eu acredito muito no resultado em campo como consequência natural dele", comentou o advogado.

Em seguida, Ricardo Maracajá explicou o porquê da fiscalização do contrato estabelecer uma relação direta com os resultados em campo e destacou a importância da força dos sócios tricolores diante do novo modelo acordado com o Grupo City, lembrando do Banco Opportunity, ex-parceiro do Esquadrão em contrato firmado em 1998.

"Apesar do contrato não trazer garantias de resultado, ele traz grandes metas pro clube. Objetivos muito grandes. Tem projetos esportivos muito importantes. Então, a gente precisa de uma Associação fortalecida para fazer cumprir o contrato. E se tudo der errado? Se, por acaso, tudo der errado? Quem é que vai assumir esse clube de novo? O Bahia não volta pro seu sócio torcedor? Se volta pro seu sócio torcedor, a gente precisa de uma Associação fortalecida. A Associação tem que ter força suficiente para assumir caso tudo dê errado. A gente já viveu um problema com o Opportunity. A gente assumiu esse ônus e a gente acabou de quitar essa dívida agora. Foi um problema que a gente carregou durante anos e que nos travou durante muitos anos… Agora, a gente precisa do quê? Estar preparado caso tudo dê errado. A gente tem que pensar que vai dar certo, mas a gente também tem que pensar que pode dar tudo errado", afirmou Ricardo Maracajá.

Com a venda de 90% das ações da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Esquadrão para o City Football Group por R$ 1 bilhão, o novo presidente da Associação Esporte Clube Bahia terá como missão fiscalizar e garantir o cumprimento do contrato firmado com os investidores estrangeiros, além de desenvolver projetos e investimentos em outros esportes.

A eleição do próximo dia 2 de dezembro irá eleger presidente e vice, que irão compor a Diretoria Executiva, mais 100 conselheiros. Além de Emerson Ferretti, representado pelo número 12, os outros candidatos à presidência são: Marcelo Sant'Ana (31), Marcus Verhine (88), Leonardo Martinez (10) e Jailson Baraúna (79).