Site Universitarias club

Esporte

Emerson Ferretti fala sobre primeiro contato com elenco após ser eleito presidente do Bahia

Eleito presidente da Associação Esporte Clube Bahia no último sábado (2), Emerson Ferretti foi o entrevistado do programa BN na Bola, da Rádio Salvador FM, nesta segunda-feira (4).

Imagem de destaque da notícia
Eleito presidente da Associação Esporte Clube Bahia no último sábado (2), Emerson Ferretti foi o entrevistado do programa BN na Bola, da Rádio Salvador FM, nesta segunda-feira (4). Encabeçando a chapa União Tricolor, que tem como vice Paulo Tavares, o ex-goleiro venceu o pleito com 1.089 votos, superando Marcelo Sant'Ana, Marcus Verhine, Leonardo Martinez e Jailson Baraúna.

No bate-papo, Emerson, que integrou a delegação tricolor na viagem para Belo Horizonte, onde o Esquadrão perdeu por 3 a 2 para o América-MG, no último domingo (3), pela penúltima rodada do Campeonato Brasileiro, falou sobre as suas primeiras observações em contato com o grupo tricolor. Com a derrota, o Esquadrão entrará na última rodada da Série A, quarta-feira (6), contra o Atlético-MG, dentro da zona de rebaixamento, um ponto atrás do Vasco, 16°, e dois atrás do Santos, 15°.

"Eu pude ir para Belo Horizonte, ontem. A gente chegou no meio da tarde e começou a observar de perto, conversar com algumas pessoas do Grupo City, do staff, com o Rogério Ceni e rapidamente com alguns jogadores, mas pude observar tudo. As reações deles no pré-jogo, no jogo e no pós. E voltamos todos juntos. Já foi importante para fazer as primeiras observações. Lógico que após o jogo todo mundo estava triste. Não tem como sair feliz depois de uma derrota e, principalmente, na situação que o Bahia está, mas eu acredito que a gente tem um treinador reconhecidamente campeão e vencedor. Não só como atleta, mas também como treinador. Infelizmente, nos últimos tempos, o Bahia tem conquistado resultados apenas medianos. O último grande time do Bahia foi em 2001. Essa geração atual não viu o Bahia relevante. É natural que o torcedor esteja insatisfeito e não dá para naturalizar esse desempenho mediano. Tem que mudar essa situação e para isso é preciso ter gente vencedora dentro do clube. O Bahia apenas se manter na Série A é muito pouco. É por isso que ainda acredito que o Rogério possa tirar isso do grupo, que vai jogar quarta-feira. Eu vi um abatimento muito grande. Espero que no jogo decisivo eles se recuperem e acreditem que possam mudar essa situação. O jogador depende muito do mental. Os jogadores do Bahia não desaprenderam a jogar, eles estão sem confiança. Espero que Rogério faça um milagre, uma mágica para que o time entre diferente", comentou o novo presidente do Esquadrão.

Ex-goleiro do Esquadrão de 2000 a 2005, sendo bicampeão da Copa do Nordeste (2001 e 2002) e do Campeonato Baiano (2001), Emerson é formado em administração, com pós-graduação esportiva e presidiu o Ypiranga, de Salvador, de 2010 a 2017. Ele comentou sobre a preparação até chegar ao cargo de presidente da Associação tricolor e como foi a experiência do processo eleitoral.

"Foi uma situação diferente essa da campanha política. Foram 30 dias bastante intensos, onde eu tive que apresentar meus projetos para os torcedores e os sócios para que eles escolhessem o que é melhor pro Bahia. A eleição é muito importante, a gente escolhe o presidente e 100 conselheiros. Foram em torno de 40% do colegiado e desses 40% eu fiquei com pouco mais de um terço dos votos. O nível foi alto. Nós tínhamos um ex-presidente, os atuais presidentes dos Conselhos Deliberativo e Fiscal, um jornalista que já tem 20 anos de trabalho, que também é conselheiro. Foram quatro debates que a gente precisou mostrar tudo. Essa etapa foi vencida e agora estamos com muita vontade de trabalhar pelo Bahia. Foram anos de preparação. Não foi uma ideia de dois meses atrás. Eu tenho estudado gestão há quase 20 anos, tive a prática no Ypiranga e na gestão pública na organização da Copa do Mundo e da Copa América, para hoje ser o presidente e fazer um bom trabalho pelo Bahia", explicou o ex-goleiro.

Emerson Ferretti também explicou o que ele considerou ser o seu diferencial para vencer o pleito do último sábado.

"Acredito que o fato de eu ter uma história no futebol. Eu entrei no Grêmio, meu primeiro clube, com oito anos de idade. Eu tenho 44 anos dentro do futebol, desde 2008 estou na imprensa esportiva, e também tenho experiência como gestor. Nenhum dos outros candidatos, com todo respeito, tem a vivência que eu tenho no esporte. Eu acho que isso fez a diferença", pontuou Emerson

Foto: Bia Jesus/Bahia Notícias

O ídolo do Bahia também explicou como pretende tocar a sua gestão. Emerson destacou que é preciso unir o Bahia e "quem quiser vir junto, tem as portas abertas".

"A primeira coisa que eu fiz depois do resultado da eleição foi trazer todos para cima do palco e dizer que precisamos unir o Bahia. Quem quiser vir junto, tem as portas abertas. Todos eles têm serviços prestados pelo clube e quem quiser estar próximo do Emerson e da nova gestão será muito bem vindo. Ninguém é melhor do que ninguém para achar que vai administrar sozinho. Precisamos de uma equipe qualificada e braços para materializar essas ideias. Eu não tenho problema em trabalhar em equipe. Desde os 8 anos, quando comecei no futebol, eu aprendi que é preciso trabalhar em equipe", comentou o novo presidente do Bahia.

Em sua viagem para Belo Horizonte para acompanhar o elenco tricolor no duelo contra o América-MG, Emerson revelou que conversou com Guilherme Bellintani, que presidiu o Bahia nos últimos seis anos. Segundo o novo mandatário tricolor, "todos os presidentes que passaram pelo Bahia tiveram as suas contribuições".

"A gente conversou (eu e Bellintani) em Belo Horizonte. Conversei com o Cadu (Santoro, diretor de futebol), o Raul (Aguirre, CEO do Bahia) e a gente ainda vai ser apresentado oficialmente para fazer a transição e assumir. Como Bellintani falou: fazer a minha história. Todos os presidentes que passaram tiveram contribuições para o Bahia. Ele teve várias contribuições fora de campo, trouxe a SAF (Sociedade Anônima do Futebol) do Grupo City, o aumento no número de sócios… E agora passa o bastão. Imagino o desgaste porque no futebol você não tem trégua, não tem paz. Mas todo mundo que se propõe tem que estar disposto. Imagino que após seis anos há um desgaste por parte dos dois (Guilherme Bellintani e Vitor Ferraz, vice-presidente) e que eles sigam com sucesso nas próximas funções. A gente chega para comandar o Bahia com sangue novo e esperamos colocar o clube para cima", destacou Ferretti.

O BN na Bola é apresentado por Emídio Pinto, Ulisses Gama e Nuno Krause. O torcedor pode acompanhar a resenha no dial 92,3 FM. Este programa é uma realização de Bahia Notícias e Salvador FM, com oferecimento da Embasa, Câmara Municipal de Salvador e Carros Bonocô.

Comentários

Leia estas Notícias

Acesse sua conta
ou cadastre-se grátis