Esporte

Renato Paiva revela desagrado com falta de apoio da diretoria do Bahia: "Não defendiam o treinador"

Em entrevista ao jornal português "O Jogo", o técnico Renato Paiva, que treinou o Bahia de janeiro a setembro de 2023, disse ter sentido uma falta de apoio da diretoria quando o seu trabalho passou a ser contestado pela torcida do Esquadrão.

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Em entrevista ao jornal português "O Jogo", o técnico Renato Paiva, que treinou o Bahia de janeiro a setembro de 2023, disse ter sentido uma falta de apoio da diretoria quando o seu trabalho passou a ser contestado pela torcida do Esquadrão.

Após o título do Campeonato Baiano, queda na fase de grupos da Copa do Nordeste e eliminação nas quartas de final da Copa do Brasil, o treinador português passou a ser bastante criticado durante o Campeonato Brasileiro, quando ficou na parte de baixo da tabela até a sua demissão depois do empate por 1 a 1 contra o Vasco, na 22ª rodada. Na entrevista, Paiva revelou mágoas com o diretor de futebol Carlos Santoro e o CEO do Bahia, Raul Aguirre.

"Não gostei do silêncio da estrutura do Bahia em relação à contestação externa que me foi feita. Comecei a sentir que as pessoas, o diretor esportivo, o CEO, etc, não defendiam o treinador quando este era atacado", declarou.

Sem citar nomes, Paiva também denunciou uma falta de acerto entre diretoria e comissão técnica quando "colocaram uma pessoa na liderança do departamento de performance que não estava em sintonia conosco".

"Colocaram uma pessoa na liderança do departamento de performance que não estava em sintonia conosco. A partir de determinada altura, essa pessoa entrou em conflito permanente com o nosso preparador físico, houve um desconforto muito grande", disse.

Renato Paiva foi o primeiro técnico contratado pelo Bahia após a venda da SAF (Sociedade Anônima do Futebol) para o Grupo City. O treinador destacou que o Tricolor não estava na zona de rebaixamento durante a sua demissão, mas reconheceu que o seu trabalho não vinha surtindo o efeito esperado na tabela.

"(Os resultados) Não estavam a acompanhar a evolução da equipe", lamentou.

Atualmente no Toluca, do México, o técnico de 53 anos também lembrou de quando a Torcida Organizada Bamor publicou uma foto sua usando orelhas de burro e pedindo a sua demissão. Segundo Paiva, após o ocorrido, a diretoria do Bahia o comunicou que não iria haver nenhuma posição do clube, o que lhe magoou profundamente.

"Também não gostei que a direção ignorasse o comunicado da claque do clube em que sugeriam o meu despedimento e colocaram uma fotografia minha com orelhas de burro. Foi-me dito que em termos públicos não iria haver nenhuma posição do clube, o que me magoou profundamente", explicou.

Em relação ao seu convívio com os jogadores, Paiva declarou que nunca teve um grupo como o do Bahia.

"Nunca tive um grupo como o do Bahia. A reação dos jogadores foi carregada de dramatismo, de emoção, muitos choraram", afirmou.

Ao todo, a passagem de Renato Paiva pelo Bahia durou 51 jogos, com 20 triunfos, 15 empates e 16 derrotas - aproveitamento de 49%. Após a sua demissão, o Bahia contratou Rogério Ceni, que terminou na 16ª colocação da Série A, com 44 pontos, um a mais que o Santos, rebaixado para a Série B.

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