O SINJORBA – Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado da Bahia, empossou na manhã deste sábado (03/09), no auditório da ABI – Associação Bahiana de Imprensa, na Praça da Sé, no Centro Histórico de Salvador, a nova diretoria da instituição para o triênio Setembro-2022 a Setembro-2025, encabeçada pelo jornalista Moacy Neves (presidente) e Fernanda Gama (vice). Se deu também a posse das diretorias regionais – para a região dos 21 municípios do extremo sul da Bahia, foi empossado o jornalista Ezequias Alves (diretor) e Marlene Abade (vice-diretora), além de um outro jornalista da região, Rubens Floriano, que deixou a diretoria regional e foi empossado como 1º titular do Conselho Fiscal.
O evento reuniu profissionais da imprensa, autoridades, professores de cursos de Comunicação Social e representações sindicais. A chapa "Sinjorba Forte, Jornalismo Forte" foi eleita nos dias 27 e 28 de julho passado, em pleito realizado de maneira online. Coube ao jornalista Jorge Ramos representar a ABI na celebração e receber no Edifício Ranulfo Oliveira os convidados do SINJORBA. Acompanhado pelos companheiros Jair Cezarinho e Romário Gomes, que integra a diretoria das duas entidades, Jorge Ramos resgatou a história da criação do Sinjorba e falou sobre a tarefa de preservar a memória dos 70 anos do Sindicato. "É uma trajetória notável e que precisa ser resgatada. Esse é um compromisso que vamos honrar neste segundo mandato de Moacy Neves", enfatizou.
O presidente reeleito do SINJORBA, o jornalista Moacy Neves, disse que tanto o SINJORBA quanto a FENAJ têm inúmeros desafios pela frente que precisam ser enfrentados, como o rebaixamento salarial, o desrespeito às normas legais e a crescente violência contra o trabalho da imprensa. E não esqueceu de citar as vitórias do mandato passado, como o movimento pela vacinação dos jornalistas. Para ele, os jornalistas brasileiros estão diante de uma encruzilhada e a categoria tem dois caminhos, ou manter-se como está, sem reagir e assistir a um processo acelerado de precarização da profissão, ou se unir para tentar mudar a situação. "A única opção que pode ajudar a reconquistar a autoestima e a dignidade profissional é o fortalecimento de nossas entidades sindicais, para que tenhamos condições de lutar e conquistar avanços", destaca o presidente.
"Os jornalistas enfrentam um enorme rebaixamento salarial e desrespeito às normas legais, como a jornada especial de trabalho e a exigência de registro para exercício da profissão, sem falar da violência crescente contra o trabalho da imprensa. Há pautas urgentes da categoria que precisam ser debatidas no Congresso Nacional, como o Piso Salarial, a nova Regulamentação Profissional e a proposta de criação de um fundo de fomento ao jornalismo com a taxação das empresas com base tecnológica que dominam o mercado em seus setores, que utilizam o trabalho alheio sem remunerar seus autores", alertou o Moacy Neves.
A mesma opinião é compartilhada pela vice-presidente do SINJORBA, jornalista Fernanda Regina Venâncio Gama, para ela, exigir dignidade profissional será uma das prioridades da entidade nestes próximos três anos. "Temos imensos desafios nessa gestão e, o maior deles é, sem dúvida, resgatar o respeito ao trabalho das e dos jornalistas profissionais na Bahia, o que só é possível com valorização, condições dignas de trabalho e segurança. Aliás, nos próximos três anos, sem pandemia de Covid-19 e isolamento social, a ação sindical no Estado será completamente diferente do último período", assegurou Fernanda Gama.
O jornalista e radialista Ezequias Alves, sediado em Teixeira de Freitas, onde é gestor de emissoras de rádio, editor da TV FF e diretor do Escritório de Advocacia AJACOM, empossado como o novo diretor regional do SINJORBA no extremo sul da Bahia, disse que o desafio é novo, mas é necessário. "Somos sabedores que nunca estivemos tantas dificuldades, mas vamos convocar a categoria para tirarmos juntos, desse turbilhão, a força, determinação e unidade necessárias para mudar este quadro em que passa atualmente a categoria profissional", sublinhou.
E acrescentou Ezequias Alves: "No extremo sul, vamos convocar os colegas para nos juntarmos, começando pela sindicalização, para criarmos unidade pelo fortalecimento da classe. A nossa posse se dá em um momento de efervescência política no país, com as eleições de outubro. Por isso, SINJORBA e FENAJ têm expectativas que tenhamos em 2023 um cenário no governo federal e no Congresso, um clima mais favorável, para pautarmos os temas que necessitamos para fortalecer os jornalistas profissionais que são os olhos e ouvidos da nação", ressaltou o novo diretor Ezequias Alves.
Um dos momentos memoriais do evento, fora quando, o presidente Moacy Neves, anunciou a indicação para batizar a gestão com o nome de Edna Nolasco, em homenagem à jornalista falecida no final de 2021, depois de desempenhar um papel importante na imunização dos colegas em Vitória da Conquista. "Perdemos uma grande colega para a Covid-19 no ano passado. Isso nos deixou entristecidos, pois presenciamos a sua dedicação. Edna Nolasco batalhou pela vacinação dos jornalistas", observou.
Segundo o presidente Moacy Neves, não há como pensar a profissão sem traçar estratégias para a coletividade. Ele explica que as mudanças na legislação trabalhista fragilizaram o trabalhador, que tem poucas possibilidades de se defender. "Há muita precarização. Achar que, individualmente, podemos resolver nossos problemas é uma ilusão", adverte. Ele destaca que o SINJORBA mantém aberto o convite para os jornalistas se sindicalizarem. "Fizemos campanha no primeiro semestre e vamos intensificar as chamadas para os colegas", conclamou o presidente.
Nova Diretoria do SINJORBA:
DIRETORIAS SETORIAIS
DIRETORIAS REGIONAIS
Delegado junto à FENAJ: MURILO BERETA DUARTE
CONSELHO FISCAL
COMISSÃO DE ÉTICA
Fonte: Teixeiranews
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