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Diniz vê derrota injusta do Brasil para a Argentina e critica gritos de olé: "Um pouco demais"

O técnico Fernando Diniz considerou injusta a derrota do Brasil para a Argentina por 1 a 0, no Maracanã, na noite desta terça-feira (21), pela sexta rodada das eliminatórias da Copa do Mundo de 2026.

Por PRADO AGORA em 22/11/2023 às 12:26:24
O técnico Fernando Diniz considerou injusta a derrota do Brasil para a Argentina por 1 a 0, no Maracanã, na noite desta terça-feira (21), pela sexta rodada das eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. O comandante apontou evoluções do time e criticou os protestos da torcida.

"A torcida está no direito de fazer o que ela quiser. Ela vem e a gente tem que entregar o nosso melhor. O torcedor é passional e quer vencer, então ele está no direito de vaiar. Acho que gritar olé para a Argentina é um pouco demais. Tanto que o pessoal que falou foi vaiado pelo público que estava. Mas vaiar, ficar indócil com o time porque não está ganhando é extremamente compreensível. Do resto, temos que saber conviver com as vaias e com a pressão. Ele (torcedor) quer vencer e jogar bem. Acho que o time jogou bem, mas não venceu. E quando isso acontece e vem a derrota, é um fato normal", analisou durante a entrevista coletiva.

Sem vencer há quatro jogos, esta foi a terceira derrota consecutiva da Seleção Brasileira nas eliminatórias. Estacionado nos sete pontos, o selecionado caiu para o sexto lugar, o último posto que dá vaga direta para o Mundial.

"Eu vou falar a mesma coisa que falei quando o Fluminense ganhou a Libertadores: você não pode achar que a vida é só estatística, se ela for só estatística está tudo muito ruim. Mas se a gente analisar como um processo de mudança, de jogadores, teve muitas coisas. Hoje tivemos três jogadores que disputaram a última Copa do Mundo, a Argentina teve quase um time completo. E jogando assim, com confiança plena, porque se a Argentina perdesse hoje, como perdeu do Uruguai, tinha uma aceitação do público diferente. Então, o desempenho está oscilando. Contra a Colômbia eu falei que jogamos boa parte do tempo melhor. E quando a gente fala não tem um impacto grande. O treinador da Argentina assistiu ao mesmo jogo que eu, ele concordou", disse Diniz.

O treinador ainda citou o processo de reformulação do elenco da Seleção Brasileira após a Copa de 2022 para explicar o momento complicado.

"O desempenho a gente controla. E eu acho que é um caminho. Quando você controla o treinamento, as coisas que você pretende fazer no jogo, mas às vezes o resultado escapa. Como é que vai fazer para ganhar? Deixar de evoluir, deixar de construir? Deixar de acreditar nos meninos que jogaram hoje, um monte que nasceu nos anos 2000? Isso é o futuro que a gente tem. E os jogadores se empenharam. Se conseguir ir melhorando isso, a tendência é de os resultados aparecerem de maneira consistente. Agora, se a gente ficar na tua pergunta, é uma pergunta que a resposta já está dada. A Venezuela empatou, depois meteu 3 a 0 no Chile. Não tem mais boa. A Venezuela não é mais a Venezuela de 40 anos atrás. E você vai ver isso nas eliminatórias. A Argentina perdeu do Uruguai agora, e esse é o futebol de hoje", falou. "Eu concordo, a gente não pode perder. Quando veste a camisa do Brasil tem que fazer de tudo para ganhar os jogos. E isso está sendo feito no sentido de trabalho. Eu acho que se a gente conseguir aprofundar cada vez mais as nossas relações internas, crescer no trabalho, nos treinamentos, os resultados devem aparecer. Não temos garantia de que vão aparecer, a gente pode garantir é trabalho. Tivemos erros que têm a ver com a nossa pouca convivência, ainda que a gente conseguiu corrigir pra esse jogo, mas não consegue corrigir tudo. Contra a Colômbia marcamos muito mal em linha baixa, hoje marcamos bem o tempo todo. Então, é parte de uma construção. Eu acredito na força do trabalho. A tendência do Brasil é de evolução, claramente, no meu ponto de vista", completou.

As eliminatórias da Copa de 2026 voltam apenas em setembro de ano que vem. No dia 5 daquele mês, o Brasil recebe a visita do Equador, pela sétima rodada. Enquanto a Argentina, que segue na liderança isolada com 15 pontos, enfrenta o Chile, também nos seus domínios.

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