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Destaque do Alagoinhas, Giancarlo volta às terras baianas para alçar novos voos: "Bastante gente olhando"

A carreira profissional do meia-atacante Giancarlo, de 24 anos, começou em 2020 após passagem pelas divisões de base do Bahia, onde atuou no time sub-20.

Por PRADO AGORA em 27/01/2024 às 00:07:24

A carreira profissional do meia-atacante Giancarlo, de 24 anos, começou em 2020 após passagem pelas divisões de base do Bahia, onde atuou no time sub-20. Naquela época, o atleta estava estreou no Operário, de Várzea Grande, interior do Mato Grosso. Na sequência, ele jogou nos paulistas XV de Jaú e Vila Operária, no gaúcho Aimoré, mas obteve mais sucesso na região Centro Oeste do Brasil, onde disputou as finais do Campeonato Mato Grossense em 2022 e 2023 pelo União Rondonópolis, perdendo os dois títulos para o Cuiabá. De volta às terras baianas em 2024, ele topou o desafio proposto pelo Atlético de Alagoinhas em busca de visibilidade.

"O Campeonato Baiano é muito bom também, porque tem grande visibilidade. Lá no Mato Grosso, a gente foi vice-campeão estadual duas vezes, perdemos para o Cuiabá. Mas lá não tem tanta visibilidade assim. Está tendo agora, por causa do Cuiabá que está na Série A, mas mesmo assim ainda não tem tanta gente olhando para lá. Aqui já é diferente, tem bastante gente olhando", afirmou em entrevista ao Bahia Notícias.

Foto: Divulgação / Atlético de Alagoinhas

Giancarlo é símbolo da política de contratações do Atlético de Alagoinhas já há alguns anos: trazer jogadores com fome de projeção da carreira no futebol. A ideia do presidente Albino Leite rendeu frutos e o time chegou em três finais do Baianão, sendo bicampeão em 2021 e 2022, e vice em 2020.

Ele estava de férias após a temporada de 2023 com o União Rondonópolis, onde disputou o estadual e a Série D do Campeonato Brasileiro, quando foi procurado por Ítalo Bittencourt, diretor de futebol do Carcará. O dirigente já havia visto o jovem atleta nos tempos na base do Tricolor de Aço. Além disso, ainda contou com a coincidência do seu empresário, que mora no Rio Grande do Sul, estar em Feira de Santana visitando a família.

"Ítalo disse que tinha interesse e meu empresário passou para mim. Eu decidi vir porque é um time que chegou na final em três anos seguidos, sendo que foi campeão em dois. É um time que sempre chega e é um lugar onde sempre tem pessoas olhando", contou.

Com a má atuação na edição de 2023, a agenda do Carcará tem apenas a disputa do estadual. Depois disso, o clube não terá mais nenhuma partida até o final da temporada. Pensando no calendário de 2025, a diretoria reformulou todo o seu elenco e contratou jovens atletas com o objetivo principal de se classificar para as semifinais para conquistar vagas nas competições nacionais e regionais. Este cenário impulsiona os jogadores a correr em dobro tanto para alcançar a meta estabelecida, mas também para despertar o interesse de outras equipes com compromissos no segundo semestre. Giancarlo acredita que o Baianão é um bom trampolim para alçar voos mais altos no futebol.

"Como o time é novo, está todo mundo querendo buscar um lugar em time maior de Série A ou Série B, até porque aqui é só o estadual, então para se empregar de novo vai ter que estar bem", destacou.

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E Giancarlo está fazendo sua parte. O meia foi destaque nas duas primeiras partidas do Carcará no Baianão, com dois gols marcados e uma assistência que ajudaram o time a bater o Itabuna, fora de casa, na estreia e empatar com o Bahia em 3 a 3, no Carneirão. No terceiro duelo, o time acabou sendo derrotado pelo Jacuipense, sua vítima na decisão do campeonato de 2022, por 3 a 2, em Riachão do Jacuípe. Os bons resultados empolgaram a todos em Alagoinhas, tanto jogadores quanto torcedores.

"Todo mundo está confiante, até a própria torcida depois dos dois jogos. Antes do campeonato tinha uma desconfiança, mas depois desses dois jogos que fizemos. Saímos quatro vezes atrás no placar, lá em Itabuna conseguimos empatar e virar. Aqui não conseguimos virar, mas saímos três vezes atrás, mas conseguimos empatar. Então, mostramos que o time é forte e tem vontade buscar coisas grandes no campeonato", disse. "Apesar dos resultados, está jogando bem também", completou.

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INÍCIO DE IDAS E VINDAS

Natural de Montenegro, no Rio Grande do Sul, Giancarlo rodou pelas bases do Grêmio, Juventude e Novo Hamburgo, mas sem conseguir se firmar e sempre voltando para a escolinha "de casa".

"Comecei a jogar futebol com 7 ou 8 anos na escolinha da minha cidade. Iniciei no futsal, depois fui pro society, futebol de 7 e fui para o campo com 10 ou 11 anos jogando pela escolinha da minha cidade disputando o Campeonato Gaúcho. Com 12 anos fui chamado para uma avaliação no Grêmio, passei e fique lá por 1 ano. Aí saí, voltei para minha cidade e continuei jogando. Depois eu fui para o Juventude com 15 anos, fiquei por dois anos e voltei novamente para minha cidade jogando nas escolinhas até ir para o Novo Hamburgo onde joguei no sub-20 na disputa do Gauchão. Comecei a treinar com o profissional, mas jogava com o sub-20 e foi quando me destaquei e fui para o Bahia", comentou.

Giancarlo defendendo o União Rondonópolis | Foto: Reprodução / Instagram

Acostumado a ser deslocado para trabalhar com o elenco profissional desde o início no Novo Hamburgo, a passagem pelo Bahia não foi diferente. Durante a experiência na capital baiana, Giancarlo foi chamado para treinar com o elenco principal do Tricolor, quando era comandado por Roger Machado. No entanto, ele nunca chegou a entrar em campo pelo time de cima.

"Recebi a proposta do Bahia em 2018, se não me engano. No Bahia, fomos vice-campeões da Copa do Nordeste Sub-20 em 2018 perdendo o título para o Fortaleza na final e 2019 fomos campeões do Baiano. Fiquei lá por um ano e meio. Até então foi só na categoria de base e quando saí do Bahia aí comecei no profissional", falou.

Foto: Reprodução / Instagram

Se por um lado o aspirante a jogador de futebol não conseguiu se firmar, as idas e vindas fizeram o jovem a criar casca para não sofrer da saudade de ficar longe da família. A primeira vez realmente longe de casa foi a experiência no Bahia, quando deixou a região Sul e rumou para o Nordeste do país.

"Foi tudo novo, tudo novidade. Já tinha morado fora, mas era em Caxias, então todo final de semana eu conseguia ir para casa. Mas para o Nordeste foi a primeira vez, então foi tudo novidade. Primeira vez também que comecei a ganhar um salário, porque até então tinha sido só ajuda de custo. Mas foi uma experiência bem legal", relembrou. "Isso sempre tem. Mas como desde muito novo eu já saia para fora de casa disputar campeonato e ficava uma ou duas semanas, eu sentia, mas conseguia tirar de letra. Não era algo que me fizesse desistir", explicou.

Giancarlo continua a sua saga no Baianão com o Carcaré neste domingo (28), às 18h30, contra o Jequié no Waldomiro Borges.

Giancarlo atuando pelo Novo Hamburgo | Foto: Reprodução / Instagram

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